quarta-feira, 8 de abril de 2009

ESPECIAL ANIVERSÁRIO DE FORTALEZA: CONHEÇA NOSSA HISTÓRIA






Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção



O nome da cidade vem do fato de ter começado como uma vila nos arredores da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, antigo forte Schoonemborch, construído pelos holandeses às margens do Richo Pajeú em 1649 e "re-conquistado" pelos portugueses em 1654.
Apesar de já existirem inúmeros aldeamentos nativos e pequenos povoamentos de colonizadores, a primeira vila cearense foi criada pela carta régia de 13 de fevereiro de 1699, período em que o Ceará estava sob domínio de Pernambuco. A carta determinava a criação da vila mas não especificava onde deveria situar-se o pelourinho (símbolo da autonomia municipal).
Depois de muitas disputas entre "Vila Velha" (Barra do Ceará), a "Aldeia do Forte" (Fortaleza de N. S. Assunção) e Iguape (Aquiraz), o governador de Pernambuco determinou que este deveria situar-se junto à Fortaleza, estabelecendo-se assim, em 1700 a Vila de São José do Ribamar. Contudo, as disputas entre Fortaleza e Aquiraz para sediar a vila continuaram até 1726, quando em 13 de abril, foi definitivamente transferida para a "Aldeia do Forte". A data passou a ser o aniversário oficial da Cidade.
Fortaleza, foi crescendo ás margens do Riacho Pajeú. Durante muito tempo, Fortaleza continuou sendo uma cidade pequena. Em 1810, o Inglês Henry Koster, em viagem à Fortaleza, estimou a população da cidade em 1.200 habitantes. No dia 17 de março de 1823, por força de um decreto imperial, Fortaleza foi promovida à categoria de cidade. Nesse tempo, a cidade não possuía ruas pavimentadas. Não havia meio de transporte, a não ser os animais. Não havia serviço de água nem de iluminação pública - durante a noite, as ruas eram iluminadas apenas pela luz da lua. As casas se iluminavam graças ao azeite de peixe.
Entra então em ação o plano de urbanização engenheiro Silva Paulet, que incluía a retificação das ruas para uma expansão disciplinada. A partir daí, vias públicas passaram a obedecer o novo sistema: rigorosamente paralelas e cortando-se em ângulo reto. As casas de taipa passaram a ser gradativamente substituídas pelas de alvenaria e tijolo, e os primeiros parapeitos somente surgiram por volta de 1840.
Naquele tempo, Fortaleza se resumia ao atual centro da cidade, e de fato, ainda hoje é possível observar no centro e bairros vizinhos, a regularidade das ruas, sempre paralelas ou perpendiculares. A única exceção é o trecho da rua Sena Madureira (Continuação da Rua Conde d'Eu), um dos primeiros logradouros da cidade (ainda do período colonial), cujas edificações seguiram a sinuosidade do Riacho Pajeú, que viu Fortaleza nascer e hoje está canalizado, poluído e esquecido pela população.
Somente em 1848, quando Fortaleza tinha por volta de 5.000 habitantes, foi instalada a iluminação pública, a azeite de peixe, e somente em 1867 a cidade passou a contar com uma iluminação pública a hidrogênio carbonado.
Em 1863, segundo levantamento do Senador Pompeu, Fortaleza tinha cerca de 16.000 habitantes, distribuídos em 906 casas e 80 sobrados. O recenseamento de 1872 apontava 21.372 habitantes, em 4.380 casas e 1178 casebres.
Somente em 1880, coincidentemente ano de inauguração da Estação Central João Felipe, teve início o serviço de transporte público coletivo - Privilégio de Tomé A. da Mota, proprietário da Ferro Carril do Ceará, empresa que colocou a disposição dos fortalezenses 25 bondes a tração animal (puxados por burros), que só seriam substituídos pelos bondes elétricos da Caerá Light and Tamways Power Co., em 1913. Os primeiros telefones datam de 1883, serviço prestado pelo comerciante Confucio Pamplona, cujo escritório situava-se na Rua Major Facundo, 59.
Em 1895, Antônio Bezerra descreve Fortaleza como uma cidade de 985.000 km² com 54 ruas no sentido Norte-Sul, 27 ruas no sentido nascente-poente e 14 praças. O senso de 1900 aponta uma população de 48.369 habitantes.
Nos anos de 1920, Fortaleza começa a sofrer uma expansão rumo ao leste, para a "Aldeiota" e para a Praia do Meireles. Na "Aldeiota" começam a surgir residências grandes, modernas e em lotes maiores que abrigavam as famílias mais abastadas. No início, a Aldeota acompanhava a Av. Santos Dumont e extendia-se até onde hoje fica a Av. Barão de Studart - ponto onde final da linha do bonde. No Meireles foram erguidas as sedes dos clubes sociais da alta sociedade, como o Náutico, o Clube Ideal, Clube dos Diários, entre outros.




Ceará de Luz - História e Cultura do Ceará

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