quarta-feira, 29 de julho de 2009

Microsoft e Yahoo fecham acordo para fazer frente à Google



Depois de mais de um ano de negociações, Microsoft e Yahoo acordaram hoje uma parceria no negócio dos motores de busca e publicidade 'online', numa tentativa de enfrentar a hegemonia da Google.

O acordo, que foi hoje anunciado em comunicado pelas duas empresas, vai prolongar-se por um período de 10 anos e põe um ponto final a mais de um ano de conversações.

De acordo com os termos da parceria, a Yahoo vai usar o novo motor de busca da Microsoft, o Bing, nos seus 'sites'. Por seu turno, a Yahoo vai ter a responsabilidade de angariar anúncios publicitários associados à pesquisa das duas empresas, que vão partilhar as receitas.

A Microsoft também poderá integrar a tecnologia de pesquisa do Yahoo no seu próprio motor de busca.

Mais de um ano depois de não ter aceite a OPA da Microsoft, a Yahoo espera que esta parceria contribua com 500 milhões de euros para o lucro anual da empresa e permita poupar 200 milhões de custos.

Juntas, as duas empresas detêm cerca de 28% da totalidade do mercado de buscas na internet norte-americano. Só a Google detém 65%, de acordo com os dados de Junho da consultora ComScore.

As acções das duas empresas reagiram de formas diferentes a este anúncio. Enquanto os títulos da Yahoo desciam 7% em Nova Iorque, as acções da Microsoft avançavam 2% para 23,89 dólares

Morte de Jackson marcou dia mais triste na internet, diz estudo




REUTERS


NOVA YORK - É possível dizer o quanto estamos felizes? Sim, de acordo com cientistas americanos que inventaram uma maneira de medir a felicidade de milhões de blogueiros e descobriram que a morte de Michael Jackson foi um dos dias mais tristes, enquanto a eleição dos Estados Unidos foi o dia mais feliz em quatro anos.

Peter Dodds e Chris Danforth, um matemático e um cientista do Centro Avançado de Computação na Universidade de Vermont, criaram um 'sensor' para monitorar 2,3 milhões de blogs e reunir frases que começassem com 'eu sinto' ou 'estou sentindo'. Cada frase recebia, então, uma pontuação de felicidade desde 1 ponto até 9, dependendo de um sistema de pontos fixados a 1.034 palavras. Por exemplo, 'vitorioso' marca 8,87 pontos, 'paraíso' 8,72, e 'suicídio', 1,25.

Eles disseram que esse 'medidor de felicidade' mostrou que o dia da eleição norte-americana, em novembro do ano passado, foi o dia mais feliz em quatro anos com um pico na palavra 'orgulhoso', enquanto o dia da morte do 'Rei do Pop' foi o mais triste.

- A proliferação da assinatura pessoal online, como a dos blogs, nos dá a oportunidade de medir os níveis emocionais em tempo real - disseram em um artigo intitulado 'Medindo a felicidade de expressões escritas em grande escala: músicas, blogs e presidentes'.

O estudo dos cientistas, divulgado esta semana no Journal of Happiness Studies, envolveu a reunião de cerca de 10 milhões de frases.

- Nosso método é apenas aplicável a textos de grande escala, como os que estão disponíveis na internet. Qualquer frase solta não poderia mostrar muito. Há muita variabilidade em expressões individuais - disse Dodds.

Os cientistas disseram ainda que os autores dos blogs tendem a ser mais jovens e mais educados do que a média, e representam amplamente a população norte-americana.

Além disso, os autores também escrevem em um ambiente neutro, onde se sentem confortáveis, ao contrário de outras pesquisas de felicidade, em que os participantes são colocados no foco da atenção.

- Eles pensam que estão se comunicando com amigos, mas (desde que os blogs são públicos), estão lendo sobre os ombros dos outros - afirmou Danforth.

Os pesquisadores disseram que seus resultados também contradizem dados recentes da ciência social que sugere que as pessoas sentem basicamente o mesmo em todas as etapas de sua vida.

O novo método indica que os adolescentes jovens são mais infelizes com um uso desproporcional de palavras como 'doente', 'ódio', 'estúpido', 'deprimido', 'entediado', 'solitário', 'louco' e 'gordo'. E então, as pessoas se sentem mais felizes até chegar à velhice, quando a felicidade diminui.

Mas os cientistas disseram que era impossível saber exatamente o que ocorre na cabeça das pessoas.

- Nosso estudo é uma exploração de dados. Não é sobre o desenvolvimento de uma teoria - acrescentou.