quarta-feira, 9 de setembro de 2009

70 Anos da Grande Guerra


A 1 de Setembro de 1939 os exércitos de Hitler invadiam a Polónia e dois dias depois Reino Unido e França declaravam guerra à Alemanha nazi. Começava assim a II Guerra Mundial, o conflito militar mais generalizado da História global.
A Alemanha, a sofrer as consequências do Tratado de Versalhes, que se seguiu à I Grande Guerra, iniciara um processo de rearmamento e lançara-se numa vaga de anexação de territórios vizinhos, que culminou com a ocupação da Áustria.

Os Estados europeus aliados, nomeadamente o Reino Unido e a França, foram seguindo uma política de apaziguamento - ou de capitulação, para alguns historiadores -, até que os exércitos nazis invadiram a Polónia.

Londres e Paris declararam guerra à Alemanha, mas nada parecia capaz de travar o avanço das forças armadas alemãs. Depois da Polónia, foi a vez da Dinamarca e Noruega se renderem. E seguiram-se a Bélgica, o Luxemburgo e a Holanda.

Estava criada a base para a invasão da França, que se entregou em 1940.

Em Portugal, apesar de manifestas simpatias pela Alemanha, o Estado Novo de Salazar conseguiu manter a neutralidade, evocando até a Aliança velha de séculos com a Grã Bretanha, e o território português ficou conhecido como um "ninho" de espiões de todos os países envolvidos, que se aproveitavam da neutralidade lusa para tecer as suas teias.

Por outro lado, Lisboa foi também ponto de acolhimento e de passagem para refugiados de todas as etnias e de todos os países envolvidos no conflito, que queriam seguir para um mundo melhor.

Ao longo de todo o ano de 1941, o Reino Unido, alvo de bombardeamentos consecutivos dos aviões alemães, resistiu praticamente sozinho, apenas com ajuda material dos Estados Unidos, que resistiam a envolver-se numa guerra na Europa.

E Estaline, acatando o pacto nazi-soviético Molotov-Ribbentrop, que previa o não-envolvimento de qualquer dos países num confronto externo, não tencionava imiscuir-se.

Depois, foi o alastrar da guerra ao norte de África e Mediterrâneo, com Hitler a ter que apoiar os seus aliados italianos de Mussolini.

E, finalmente, a primeira grande derrota das forças alemãs nas estepes soviéticas, de que é retrato exemplar a batalha de Estalinegrado.

Entretanto, estavam abertos os grandes campos de concentração nazis, dedicados à purga de judeus, ciganos, homossexuais e outros cidadãos "indesejáveis" para a pureza da raça ariana. Eram os trabalhos forçados e as câmaras de gás. Era o Holocausto.

Os Estados Unidos entraram finalmente na guerra, depois do bombardeamento da sua base naval de Pearl Harbor, no Havai, em Dezembro de 1941 por forças japonesas. E o Japão, um outro elemento decisivo do "Eixo" de Hitler, controlava, já em 1942, uma vasta extensão de território, da Manchúria às Filipinas.

Os Estados Unidos empenharam-se profundamente na guerra do Pacífico, em batalhas ilha a ilha, até que, depois de assegurarem Iwo Jima, começaram a bombardear território japonês.

O exército britânico começou a recuperar as zonas asiáticas em poder das forças do "Eixo" e a União Soviética juntou-se à guerra.

A Alemanha rendeu-se em Maio de 1945, dias após o suicídio de Hitler, mas o Japão resistiu até Agosto desse ano, quando os Estados Unidos lançaram bombas atómicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki.

Dos cerca de 50 milhões de mortos na II Guerra Mundial, metade eram civis.