quarta-feira, 20 de maio de 2009

Joel, o profeta do avivamento

O nome Joel significa “o Senhor é Deus”. É provável que Joel tenha vivido e profetizado em Jerusalém. Teria, assim, em sua mocidade, conhecido Elias e Eliseu. Data provável: 830 anos antes de Cristo, ao tempo do rei Joás.

Joel tem sido chamado de “o profeta do avivamento”. Ele compreendeu que o arrependimento sincero é a base da verdadeira espiritualidade e era para que isto acontecesse com seu povo que ele se esforçava. O conteúdo básico de seu livro é o apelo ao arrependimento. Estudando com interesse suas grandes lições seremos edificados.
I - A ÉPOCA EM QUE JOEL PREGOU
Quando o profeta Joel pregou suas mensagens, a situação econômica era desesperadora, em razão de um ataque de gafanhotos sem igual. Ele parte deste fato para alertar o povo para a prática da santificação, do quebrantamento, e de maior submissão ao Senhor, 1: 14, mensagens que tornam o livro muito atual. Joel também anuncia o dia do Senhor e previne sob a iminência de um ataque militar que viria por parte de uma nação estrangeira e termina o livro com a preciosíssima mensagem sobre o derramamento do Espírito Santo.
a) A praga dos gafanhotos - Dentre as mais de 80 variedades de gafanhotos, Joel diz que quatro: o cortador, o migrador, o devorador e o destruidor, v. 4, haviam devastado a terra de Israel. O povo calou-se, em sinal de tristeza. Tudo secou e o campo nada produzia.
b) As lições da devastação - A notícia de tal calamidade deveria ser passada de geração a geração, v. 3, porque se refere a um tempo de juízo do Senhor em que os prazeres da vida foram retirados e houve um lamento geral. Até os bêbados lamentaram porque os gafanhotos devoraram as videiras, v. 5, e não tinham mais o vinho; destroçaram a figueira, arrancando-lhes as cascas, v. 7.Por causa dessa miséria até os jovens choraram, v. 8. Todo cereal se perdeu e os lavradores ficaram envergonhados e desorientados, vv. 10, 11, porque o juízo veio através de um inimigo pequeno, mas em grande número e sábio, Pv 30: 27.
c) Reações à devassidão, 1: 10-14 - Com a destruição das pastagens e das lavouras, até os sacerdotes lamentavam porque não havia nem elementos para os sacrifícios ao Senhor, v. 9. Assim como a calamidade era geral, o pecado também havia devastado todos os domínios da vida. É nessa hora que diz o Senhor: “Lamentai, sacerdotes".
Quando a igreja experimenta flagelo de tal natureza, engolfada em confusões, pecados e enfermidades que devastam famílias após famílias, 1Co 11: 30-32, o ensino bíblico para resolver tal situação é que ministros e povo retornem ao Senhor com a mesma sinceridade, intensidade, arrependimento e interesses descritos em Jl 1: 13-14 e 2: 12-17e Dt 4: 30-31.
II - O DIA DO SENHOR
O profeta descreve esse quadro terrível para preparar as pessoas sobre o que iria falar a respeito do “Dia do Senhor”, v. 15, que também virá como uma assolação. Percebe-se que Joel avista algo por trás dessa praga de gafanhotos; ele enxerga além dela, vê um dia de desolação em toda a terra.
O acontecimento pelo qual o povo chorava no momento era prefiguração de um outro dia de juízo: um julgamento a ser derramado nos dias finais deste mundo.
a) Um exército preparado contra Judá, 2: 1-11. Joel anuncia que estava prestes a acontecer uma grande invasão militar. Compara isso a uma devastação pelos gafanhotos que haviam assolado a terra.
Ele pergunta: “Vocês já ouviram, em toda sua vida, em toda história do seu povo, alguma coisa igual?” A resposta ao v. 2 só teria que ser um enfático não!
b) Julgamento final - Joel usa quase todo seu livro para falar sobre o Dia do Senhor, 2: 1, 11, 31; 3: 14; este será o julgamento final de Deus sobre todo mal e também o fim desta era.
Tal dia vai iniciar-se com o arrebatamento da Igreja, 1Ts 4: 15-17; 5: 2; inclui os sete anos de tribulação, que é a última semana de Daniel, 9: 24-27, e culminará com o retorno de Cristo com sua Igreja para reinar sobre a terra, Ap 20: 1-6.
c) Um chamado ao arrependimento, 2: 12-17. A catástrofe que acomete Israel nos tempos de Joel leva a nação, politicamente, ao caos. Mas essa intervenção divina é meramente ilustrativa.
Como o pior ainda está por vir, Deus levanta Joel para inquietar os sacerdotes e exortar o povo ao arrependimento, v. 13, e que este retorne humildemente ao Senhor, não com mãos vazias, mas com sacrifícios de pranto e lamentação genuínos, jejuns e súplicas pelas misericórdias de Deus, v. 12.
Para isso, deveriam proclamar uma assembléia solene, 2: 15-17. Ninguém deveria faltar; nada de desculpas, vv.15 e 16. E os sacerdotes iriam orar com todos, clamando: “Poupa o teu povo, oh, Senhor”, v. 17.
d) Derramamento do Espírito Santo, 2: 28-32. Num tempo futuro, marcado pelo advérbio “depois”, v. 28, o Espírito Santo seria derramado sobre toda carne. Examinando Os 3: 5, veremos que essa promessa abrange os últimos dias Israel, iniciando-se com a tribulação e adentrando o reinado do Messias, que vem em seguida.
Compare, Is 2: 2 com At 2: 17. O tempo é enfático, no v. 29. Deus faz questão de repetir que tal se dará “naqueles dias”. Ou seja, depois do arrependimento nacional e restauração futura de Israel, Zc 11: 10; 13: 1, eventos que serão simultâneos à Segunda Vinda de Cristo.
Esse “grande e terrível Dia do Senhor" se apresentará com prodígios de Deus na terra e no céu, vv. 30-31. Mas Jerusalém e Sião permanecerão, v. 32, e acontecerá depois... que o Espírito Santo será derramado ao remanescente fiel. Note que não haverá qualquer restrição à recepção desse dom: nem diferenças de idade (velhos e jovens), nem de sexo (filhos e filhas), e nem de posição social (servos e servas).
O que aconteceu em At 2 foi o cumprimento dessa profecia, mas o cumprimento total ainda está por vir: Is 32: 15; 44: 3,4; Ez 36: 27,29; 37: 14; 39: 29. Assim, o estudo do profeta Joel relembra que a Igreja deve viver num permanente clima de avivamento, a fim de fazer a vontade do Senhor.

A RESTAURAÇÃO DE TODAS AS COISAS

Em Atos 3;21 lemos: "O qual (Jesus) convém que o céu contenha até os Tempos da Restauração de tudo dos quais Deus falou pela boca de todos os
seus santos profetas desde o princípio." Estamos vivendo um dos tempos mais emocionantes da história do reino de Deus. Neste tempo chamado tempos de restauração, o Senhor está edificando sua igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Neste tempo, o Senhor está derramando um Espírito Apostólico na igreja para restaurá-la.

Cremos que o Senhor está soprando deste Espírito que a levará a cumprir a grande comissão. Ao mesmo tempo em que o Senhor restaura a sua igreja na bíblia chamada de "A Videira", há uma outra árvore que também está sendo restaurada neste tempo, chamada de "A figueira". Nas palavras de Jesus em Mateus 24; 32-35, deveríamos aprender a parábola da Figueira. Ele disse:

"Aprendei, pois, esta parábola da Figueira; Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando vires todas estas coisas, sabei que Ele (Jesus) está próximo, às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que essas coisas aconteçam. Os céus e a Terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar".

Ainda segundo o profeta Joel, nesta estação (Tempos de Restauração) a "Videira" e a "Figueira" (Israel) darão a sua força. Joel 2;22 Assim ao mesmo Tempo ou estação em que o Senhor restaura a "Videira", sua igreja aos ministérios apostólicos e proféticos, o Eterno também volta os olhos do seu favor para a "Figueira" Israel, cumprindo as suas promessas a Abraão, Isaque, Jacó (Israel) e Davi.

O Eterno neste tempo reconduz Israel a sua Terra para ali habitar gozando as bênçãos do Senhor. Porém a plena restauração do povo de Israel ocorrerá no auge da sua aflição, quando tudo parecer perdido diante de inimigos humanamente invencíveis.

As pressões mundiais contra os Judeus estão se tornando cada vez mais fortes e isto tem conduzido o. povo a uma união em torno das suas milenares tradições e principalmente em torno das misericórdias divinas e das promessas de Deus relativas a Terra Santa. Pelo estudo criterioso das escrituras, cremos que Israel será alvo das atenções e bênçãos divinas e por fim compreenderão as razões do seu regresso a Palestina, se converterão como nação ao Senhor.

Este processo de conversão pelo qual passará o povo judeu teve início entre as nações "em lugares remotos" (Zacarias 10; 8-10), e se consumará em Eret'z Israel quando Jesus descer sobre o monte das oliveiras com poder e grande glória. Tenho presenciado o início de uma preciosa chuva do Espírito sobre os judeus, em diferentes nações da Terra por onde o Senhor tem me levado a pregar o seu evangelho. De diferentes formas Yeshua (Jesus) tem se revelado ao seu povo como o Mashiach (Messias) prometido.

Oremos para que o grande avivamento do tempo do fim (Chuvas Serôdias) venha sobre Judeus e Gentios, intensificando assim o clamor: "Ora vem Senhor Jesus". Pessoalmente eu recebi chamado para ensinar a Igreja a interceder (New York - USA - Primavera 99), quando o Senhor me disse que orasse para que eles (Judeus) não estivessem na cidade quando viesse a perseguição, mas que pudessem ouvir a voz do Senhor que os chamavam de volta para Eret'z Israel.

No mesmo ano em Jerusalém, o Eterno nos deu um ministério de intercessão chamado Am Israel com propósito de amar, interceder e consolar o povo d'Ele que já está na Terra, bem como os dispersos em todas as nações cumprindo assim as palavras do Senhor em Jeremias 31; 7-9.

"Porque assim diz o Senhor: Cantai com alegria sobre Jacó, exultai por causa da cabeça das nações, proclamai, cantai louvores, e dizei: salva, Senhor, o teu povo, o restante de Israel. Eis que trarei da Terra do Norte e os congregarei das extremidades da terra, e entre eles também os cegos e aleijados, as mulheres grávidas e as de parto; em grande congregação voltarão para aqui. Virão com choro, e com súplicas os levarei; guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho direito, em que não tropeçarão; porque sou um pai para Israel, e Efraim é meu primogênito".

Oramos desde 1999, para que os Judeus não estivessem no dia da perseguição e fossem livrados da destruição. E o interessante é que na Manhã de 11 de setembro de 2001, quando as torres gémeas foram destruídas, os judeus que trabalhavam ali, não estavam lá. Tinham ido a um sepultamento de um importante rabino da cidade; morre um cordeiro e o Senhor livra um povo. As orações dos santos podem muito em seus efeitos e a igreja do Senhor é chamada para interceder por Jerusalém e a Nação de Israel.

A restauração de todas as coisas se dará com a restauração completa da Igreja como era no seu início apostólica e profética fluindo nos cinco ministérios auxiliados pêlos braços da intercessão e adoração. Completando assim a MENORAH, do Senhor (a Luz do Senhor na terra), para o grande avivamento do tempo do fim.

Porém, simultaneamente com a restauração do trono de Davi, com Jesus reinando de Jerusalém para todas as nações da terra e com a conversão nacional de um terço de Israel num só dia. Quando o Senhor pisar os seus pés sobre o Monte das Oliveiras. Aguardemos estas coisas com grande expectativa e trabalhamos enquanto é dia com todas as nossas forças para que venha o Reino do Senhor.

Ap. Valdomiro Souto - http://www.tempodofim.com/israel/msg/restauracao.htm