quarta-feira, 4 de março de 2009

Como se Difunde a Cultura da Morte






Dizem que a propaganda é "a alma dos negócios".

De fato, como todo bom empreendedor bem o sabe, nada melhor que uma bela campanha publicitária para influenciar o mercado consumidor, e assim alavancar as vendas.
As campanhas publicitárias geralmente são elaboradas de forma a fazer com que o consumidor se sinta compelido a comprar determinado produto ou serviço, por convencimento ou por sugestão.

Dentre as conhecidas táticas de propaganda, destaca-se a de criar frases de efeito ou chavões que "peguem", ou seja, com os quais os consumidores se identifiquem e imediatamente os associem ao produto que se deseja evidenciar. Obviamente tal técnica se aplica tanto na promoção das qualidades de um dado produto, quanto aos virtuais "defeitos" dos produtos concorrentes.

O ideal é que o consumidor nem sequer cogite comparar o produto sendo-lhe oferecido com os de seus concorrentes.

Ora, como também se sabe, a propaganda não é exclusivamente usada em embates comerciais. Ela vem sendo usada por séculos como uma poderosa ferramenta de influência e conquista do que se chama de "opinião pública", e de manipulação de "massas".

Hitler, em parte graças ao seu sinistramente competente ministro da propaganda, Joseph Goebbels, conseguiu conquistar coração e mente do povo alemão, considerado bem educado e desenvolvido, através do uso bem orquestrado da propaganda política. As campanhas publicitárias nazistas guardam grande semelhança com certas campanhas publicitárias atuais.

Não se entenda aqui por publicidade como simplesmente anúncios de televisão ou rádio, mas sim estratégias e expedientes de promoção que usam de meios diversos, como artigos, notas, matérias de jornais, etc., que são formas mais sutis porém poderosas de convencimento.

E hoje vemos as estratégias e expedientes idênticos aos utilizados pelos nazistas, como é o caso da promoção do uso de células tronco embrionárias, de que resulta a morte do embrião.
Tenta-se apresentar as células tronco como uma panacéia universal, como Freud, em sua juventude apresentou a cocaína, capaz de eliminar todos os males, curar doenças incuráveis, e mesmo, prometer um aumento de expectativa de vida ao ser humano.

Tais objetivos, apesar de materialmente nobres, são utópicos, têm pouca sustentação na realidade, e se baseiam em mitos seculares, como o panacéia universal e o elixir da longa vida. Assemelham-se um pouco à cura universal do câncer, sempre prometida pela medicina, mas nunca conseguida. E, pior, este mito é usado como justificativa para o sacrifício de milhares de embriões humanos congelados, já que estes, como alegam os proponentes do uso das células tronco embrionárias, vão para a "lata de lixo".

Deste modo, se pretende usar seres humanos-- porque os embriões humanos são evidentemente humanos-- como fornecedores de " peças de reposição", sem levarem conta sua pessoa, seus direitos e sua dignidade.

Os principais promotores das células tronco embrionárias são parte de comunidade científica, que, como de costume, se encontra dividida a respeito do tema, e grupos de pressão e formação de opinião fortíssimos, que almejam a aplicação de legislação abortista irrestrita por toda parte do mundo.

Porque, de repente , uma verdadeira orquestra de propaganda começou a tocar a mesma música em todos os países.

Quem deu a partitura? Quem rege a orquestra? Quem paga os músicos?

Tenta-se difundir a idéia de que as células tronco embrionárias são uma espécie de panacéia universal, numa campanha que procura sensibilizar a opinião pública através da exploração da expectativa criada em paraplégicos e pessoas com doenças incuráveis.

Ao mesmo tempo, procura-se mostrar os que se opõe ao uso de células troncos embrionárias como "retrógrados", "obscurantistas" e "inquisitoriais". Não obstante, a oposição de parte da comunidade científica e de leigos, dentre os quais se destacam os católicos, não é contra o uso de células tronco retiradas de adultos, mas contra o extermínio dos embriões humanos, que são seres humanos como quaisquer outros e têm o direito à vida.

Com esta dupla investida, promovendo sentimentalmente o uso de células tronco embrionárias e denegrindo seus opositores, pretende-se formar na população em geral uma mentalidade de não questionamento a respeito do assunto. Uma mentalidade de não contestação, de maneira que qualquer oposição em contrário seja esmagada em seu nascedouro. Estão impondo cadeias mentais à população e manipulando a opinião pública. O método empregado faz com que a maioria da população, sem perceber, pouco a pouco, aceite coisas contra as quais se oporia caso as questões fossem claramente expostas.

Foi por causa disso que o projeto de lei das células tronco embrionárias foi anexado ao projeto dos transgênicos, para que fosse aprovado quase que por contrabando.

Pouco importa, à esta altura, que as pesquisas com células tronco ainda estejam no início e que não se tenha comprovado sua utilidade e seu benefício hipotético,. Pouco importa que possíveis malefícios sejam de abrangência desconhecida.

Pouco importa também que as células tronco possam ser obtidas a partir de cordões umbilicais. Pouco importa que possam ser obtidas da medula do próprio indivíduo adulto, que dela pode se beneficiar, evitando assim o risco de rejeição caso a célula tronco transplantada tenha outra procedência.

Pouco importa o fato da vida ser sagrada, e que nem o homem individualmente nem a sociedade tenham o direto de sacrificar a vida de um ser humano inocente e indefeso.

O que importa é "não ficar para trás, longe dos avanços científicos do mundo desenvolvido" quando vários países desenvolvidos, que provocam inveja na elite tupiniquim, proíbem o uso de embriões para a geração de células tronco.

O que importa é "não se render a uma mentalidade inquisitorial", mas sim, capitular à propaganda, e desistir de raciocinar e contestar. Capitular perante promessas cheias de frases de efeito, mas vazias de significado e de veracidade.

O que importa é cantar e dançar de acordo com a música e o ritmo dado pelo maestro da orquestra invisível.

A propaganda é a alma deste negócio (o extermínio dos embriões)!
Hitler e Goebbels não fariam pior...

A propaganda da desumanização


Onda xenófoba contra os árabes no Ocidente após ataques terroristas guarda semelhanças com a da Segunda Guerra

Propaganda a serviço da guerra: os japoneses retratados como vampiros pelos EUA
Os japoneses eram ''amarelos'' para os americanos. Os judeus, os ''sujos'' e ''corruptos'' que deveriam ser excluídos do Terceiro Reich. Agora, parece ser a vez de os árabes verem sua imagem ser desconstruída no imaginário ocidental em meio a um ambiente de medo e terror. ''Quanto mais diferente você se sente do seu inimigo, mais você é capaz de odiá-lo'', ensinou Josef Goebbels, o gênio do mal da propaganda nazista. A tese, utilizada à exaustão a partir da Segunda Grande Guerra, volta, como um pesadelo, a ser atual.
Pois bastou o governo americano, ainda sem provas, apontar o saudita Osama Bin Laden como o responsável pelo maior atentado da história da humanidade, para, ato contínuo, os árabes conheceram a face mais cruel da discriminação. Mesquitas foram apedrejadas e ônibus escolares alvejados nos Estados Unidos. Em todo o mundo, inclusive no Brasil, colônias árabes passaram a ser investigadas como potenciais hospedeiras e financiadoras de terroristas. Uma mulher usando o xadar e com um bebê no colo foi detida na quinta-feira para interrogatório, na Alemanha. Seu crime? Talvez o fato de ser mulçumana.
''É como se todos os árabes do mundo de repente tivessem ganho as feições de um bin Laden. Estão tentando nos transformar nos culpados pelos males do mundo. O ser humano está cometendo os mesmos erros do passado'', alerta o vice-presidente da Sociedade Beneficente Palestina no Rio, Haidar Abutalib. O mundo conhece pouco do misterioso mundo árabe. Se falta informação, sobram estereótipos.
Segunda Guerra- A experiência da Segunda Guerra mostra que, como Goebbels ensinou, é mais fácil distorcer a imagem do que para nós é desconhecido. Essa máxima valeu tanto para os países aliados quanto para os do eixo, como mostra Anthony Rhodes no livro Propaganda- the art of persuasion: World War II (Magna Books, Londres).
Na maior parte das peças produzidas pela Alemanha nazista para atacar seu principal inimigo, a Grã Bretanha, não eram os ingleses que eram retratados, mas a monarquia britânica e o primeiro-ministro Winston Churchill em particular. Quando o alvo eram os Estados Unidos, o normal eram os soldados serem retratados como negros - bem diferente, portanto, do estereótipo ariano do ideário nazista.
A recíproca era verdadeira. Nas propagandas britânica e americana durante a Segunda Guerra, eram Hitler e seu poderoso ministro da Propaganda, Josef Goebbels, os alvos preferenciais. O mesmo vale para a Itália de Benito Mussolini, repetidamente retratado como um anão autoritário e servil ao führer alemão.
O mesmo não se pode dizer, entretanto, do tratamento dado pela propaganda nazista aos judeus; e pelos americanos aos seus inimigos japoneses. ''There will be no Adolph Hither nor Yellow Japs to fear'' (Não haverá mais Adolph Hitler nem japoneses amarelos a temer)'', diz um pôster americano dos tempos de guerra, reproduzindo a letra de uma música popular à época. A desumanização do inimigo foi tão bem sucedida que os Estados Unidos não hesitaram em explodir a primeira bomba atômica da história sobre território japonês, matando milhares de inocentes e deixando seqüelas que perduram até os dias de hoje.


DANIELLA SHOLL

A Miséria da Publicidade


A mídia, particularmente a eletrônica, somente se interessa pelos pontos do “ibope”. E a publicidade vai atrás. O texto constitucional é letra morta: “A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios: I – preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas; II – promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação; III – regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme parcerias estabelecidas em lei; IV – respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.” (artigo 221 da Constituição Federal – 1988)
Destacamos que foi a publicidade que utilizou de maneira oportunista a questão do seqüestro. (vide propaganda de uma empresa líder de “sabão em pó” na qual donas-de-casa seqüestravam os tintureiros para que estes deixassem suas roupas “mais brancas”; ou a propaganda de uma seguradora de um grande banco que chegava a colocar “um anjo da guarda” no porta-malas do carro.)
A miséria da publicidade pode ser facilmente constatada nas seguintes peças publicitárias:
· Campanha de empresa telefônica na qual três crianças abaixavam as calças;
· Campanha de bronzeador na qual apareciam pessoas completamente nuas, inclusive crianças;
· Campanha de cerveja que utiliza animação (uma tartaruga) para vender o produto. (Note-se que já foi proibida a utilização de personagens infantis nas propagandas de cigarros. Além disso, cerveja não deixa ninguém mais esperto).
· Campanha de calçados infantis na qual menina de 5 anos é exposta (em painéis) em pose sensual utilizando biquíni.
Outra questão perversa da publicidade é a omissão de informações ao cidadão: Alguém informa que os “planos de saúde” (com seus helicópteros e hospitais de primeiro mundo) são totalmente abatidos do imposto de renda? E que tais “isenções fiscais” caracterizam-se como autêntico aparthaid social? Somente a promiscuidade entre mídia e publicidade é que determina a desinformação sobre os direitos dos cidadãos (saúde, educação, moradia e segurança pública).
O título do texto escrito pelo publicitário/empresário (Seqüestro sem metáforas) é muito significativo, principalmente vindo de quem ganha a vida utilizando-se de todos os meios para “dourar a pílula”. Gostaríamos que, após a leitura deste texto, os cidadãos fizessem a seguinte reflexão sobre “Segurança Pública sem metáforas”: Se o aparato policial utilizado no caso deste seqüestro tivesse sido destinado ao Jd. Ângela (por exemplo), quantas vidas teriam sido salvas nestes 50 dias? Nas periferias, onde mora a maioria da população, o seqüestro não é preocupação prioritária. Pergunte a qualquer família e ela lhe responderá sem hesitação: escola para as crianças e postos de saúde para a comunidade.
A nossa solidariedade à vítima é total, mas isto não nos obriga a apoiá-la em outros atos e atitudes que sejam ilegais, imorais ou amorais. Assim como buscamos a Justiça no Estado Democrático de Direito, o qual determina as maiores punições aos crimes de seqüestro, exigimos que o Poder Público puna também as infrações que os poderosos praticam contra a maioria da população. Não admitimos a máxima descrita no livro Papillon: “Quantos anos dura a prisão perpétua na França?” (pergunta do personagem ao juiz francês que o condenara num processo totalmente viciado). No Brasil, as penas somente determinam a reclusão, mas, em várias situações “especiais”, a “pena de morte” é executada nas prisões com a complacência da mídia.
Finalizando, lembramos que a premiadíssima campanha publicitária “Hitler” (para a Folha de S.Paulo) somente foi possível graças a um outro “genial” publicitário: Joseph Goebbels (ministro da propaganda de Hitler).