segunda-feira, 22 de junho de 2009

O Rock nos Anos 80

Talvez não haja período na história do rock que tenha sido tão execrado pela crítica musical quanto os anos 80.

Apedrejamento tão grande só é possível encontrar nos arquivos de revistas e jornais, no tópico referente à corrente denominada "rock progressivo".

Entretanto, um olhar mais acurado para esse período, que nasceu da efervescência punk, mostrará mais que uma década de decadência, anos de fermentação. Como se diz por aí: "a época da muda".

Os anos 80 foram responsáveis pelo surgimento de grupos como: Smiths, R.E.M e U2. Armados de guitarra, baixo e bateria, esses grupos resgataram um pouco do puro rock.

O mínimo que se falou daqueles tempos não tão distantes, foi que o "espírito yuppie padrão" havia varrido o rock’n’roll da face da Terra. Definitivamente, a vitalidade primal do rock, consegue enfrentar (com vantagem) tendências tão díspares como o rap, hip-hop, tecno-pop, acid, industrial noise, e outras baseadas nos avanços tecnológicos e na parafernália high-tech, que envolve a produção musical atualmente.

Além disso, os anos 80 trouxeram à tona uma outra faceta: a explosão visceral do thrash metal como símbolo da violência, que grassa em todo o planeta. O barulho ensurdecedor e a velocidade supersônica, feito metáfora da vida atual, expandiu ao limite do impossível a brutalidade desencadeada por grupos como: Iron Maiden, Motorhead e Venom. Nesse contexto, o aparecimento de bandas como Metallica, Slayer, Megadeth e Anthrax, para ficar apenas no "Big Four", foi o germe do que viria a seguir nos anos 90.

Como se vê, apesar de certo descaso por parte dos críticos, não foi tão ruim assim.

Ana Flávia Miziara e Marcelo Costa

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