sábado, 20 de junho de 2009

Nevermind: O disco que mudou a música

Nevermind foi o disco certo na hora certa. Todos os álbuns clássicos que moldaram o jovem fã de rock Kurt Cobain, como Never Mind the Bollocks, dos Sex Pistols, Led Zepellin II e Back in Black do AC/DC, tinham por característica trazer um hit atrás do outro. Por isso, Kurt não se imaginava guardando boas músicas para espalhar ao longo de seus futuros discos. Ele sabia que tinha nas mãos hits para os próximos 15 anos e bastava que usasse dois por álbum para manter o sucesso. Mas não foi assim que aprendeu. Despejou tudo de uma só vez e Nevermind se tornou um mito.

Conquistou críticos quarentões que já tinham ouvido de tudo e jovens espinhentos de 14 anos, que viam nas canções uma válvula de escape para a rebeldia que pedia para ser libertada. Smells Like Teen Spirit virou o hino dessa geração. E Nevermind continua ganhando o topo de listas de melhores discos de todos os tempos. Come as you are, Lithium, Drain you, Polly, Something in the Way e todas as outras permanecem atuais, apesar de seus quase 20 anos. O rock se dividiu entre antes e depois de Nevermind.

E uma música, em especial, foi o ponto de partida da revolução. Smells Like Teen Spirit não nasceu por acaso. Kurt tinha a pretensão de escrever o maior hit pop de todos os tempos. Tocou o riff de quatro acordes e o baixista Krist Novoselic o considerou ridículo. Mesmo assim, o líder do Nirvana fez com que a banda tocasse o embrião da música durante uma hora. Para a melodia, seguiu a fórmula que o grupo usou em vários clássicos da breve carreira: o início calmo, os instrumentos numa crescente e o refrão rasgado e explosivo – um clichê batido, mas eficiente.

Um comentário:

Unknown disse...

Sr. Nelson Silva, surgiro que faça uma matéria sobre a banda Santa Inocência, desde a sua fundação, seus ex-integrantes e oque ela representou para o rock de fortaleza nos anos 80. Registre isso. O Rock Agradeçe.