
DO CÉU DO PORTO
Os velhos acadêmicos da poesia estão errados
Poesia é um velho passeando de bicicleta
Não algo tão formal quanto um soneto.
Uma barca subindo a cebeceira do rio
Uma velha comprando alimentos.
Poesia não são compêndios, datas
Rótulos em talentos
Nem aldrava gigantesa na porta gasta do tempo.
É o próprio tempo.
É o que me ensinaram meus avós
A respeito dos quatro elementos.
Quando da chuva em fuga
Brotava um sol pequeno, sem brilho, sem gás
Mas ainda assim mesmo imenso.
Poesia é o cair do pano preto da noite
Furado de estrelas e de corpos, algures, resplandecentes.
É o amor novo
Brotando do sexo da semente.
Poesia não é um professor cansado
Um mestre em desalento
Que sabe decifrar Lusíadas mas não sabe dar conta do vento.
Invisível e sardônico vento.
Poesia é um velho passeando de bicicleta
Não algo tão formal quanto um soneto.
Uma barca subindo a cebeceira do rio
Uma velha comprando alimentos.
Poesia não são compêndios, datas
Rótulos em talentos
Nem aldrava gigantesa na porta gasta do tempo.
É o próprio tempo.
É o que me ensinaram meus avós
A respeito dos quatro elementos.
Quando da chuva em fuga
Brotava um sol pequeno, sem brilho, sem gás
Mas ainda assim mesmo imenso.
Poesia é o cair do pano preto da noite
Furado de estrelas e de corpos, algures, resplandecentes.
É o amor novo
Brotando do sexo da semente.
Poesia não é um professor cansado
Um mestre em desalento
Que sabe decifrar Lusíadas mas não sabe dar conta do vento.
Invisível e sardônico vento.
Os velhos acadêmicos da poesia estão todos ferrados!