
TEMPO VELHO
O tempo velho está passando
Carcomido, lança um libelo
Contra o arrebol do novo acontecimento.
O tempo velho
Unge um mar de mistério
Faz-se perpétuo
Embora não viceje em mais do que um inverno
Na fúria pulsante do advento.
Ademais, o que é o tempo
Esse velho senhor
Sentado em seu templo
Invisível no ar
Sábio em seu intento:
Levar flores às pradarias
Neve e ranger de portas aos conventos
Sem grandes constrangimentos.
Que horror infligiu, sutil,
Em outras eras, às primaveras
E ao remanso das tardes quentes.
Poderia ser calmaria
Tornou-se porém, valente.
O tempo velho se esquiva
E viva o velho tempo.
Carcomido, lança um libelo
Contra o arrebol do novo acontecimento.
O tempo velho
Unge um mar de mistério
Faz-se perpétuo
Embora não viceje em mais do que um inverno
Na fúria pulsante do advento.
Ademais, o que é o tempo
Esse velho senhor
Sentado em seu templo
Invisível no ar
Sábio em seu intento:
Levar flores às pradarias
Neve e ranger de portas aos conventos
Sem grandes constrangimentos.
Que horror infligiu, sutil,
Em outras eras, às primaveras
E ao remanso das tardes quentes.
Poderia ser calmaria
Tornou-se porém, valente.
O tempo velho se esquiva
E viva o velho tempo.
Nelson Silva